Obrigado pela Internet. Obrigado pelos sites loucos, e pelos links quebrados. Obrigado pelas páginas interessantes, e obrigado pelos grandes problemas que só podem ser resolvidos em conjunto com outras pessoas.
Cadernos sempre me fascinaram. Como pequenas páginas, completamente em branco, podem carregar tanto significado?
Cadernos não possuem texto, ou palavras. São virgens de idéias, intocados por dilemas humanos ou cicatrizes formadoras de letras. Mas mesmo assim possuem linhas. Linhas-guia, linhas-azuis. Linhas feitas para orientar as palavras, para montar suas idéias sem se preocupar com estéticas ou se estamos completamente desorganizados na página.
Dizem que Deus possui suas próprias linhas, que aparentemente são tortas. Acho que Deus realmente tem suas linhas, tortas ou não, para escrever sobre nós. Pois nós somos páginas, páginas virgens que aos poucos se preenchem com letras e cicatrizes-formadoras-de-letras.
E temos nossas linhas, linhas coloridas que nos mostram o caminho. Às vezes, sem querer, escorregamos para fora destas linhas, e nos perdemos. Mas então nosso Escritor nos ajuda a colocar nosso texto em seus eixos corretos.
Sempre amei cadernos, por sua virgindade de idéias e a impaciência que tenho de estuprá-los com letras negras, com tinta carregada de significado. E então lembrar que sou uma página também, não tão virgem de letras, todavia também não totalmente carregado com elas.
E que o mundo, e a vida, são apenas a reunião de todas essas páginas.
Parece que vivemos num grande caderno...

2 comentários:
Você escreve bem até 'sobre cadernos' algo tão simples... *---*
Ta lindo.
Obrigado, Atriazita!
Sem você, esse blog não existiria \o/ Continue comentando!
Postar um comentário